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O que é o Ibovespa?

O Ibovespa é o principal índice da bolsa de valores brasileira, sendo um indicador crucial para os investidores. Neste artigo, você aprenderá o que é o Ibovespa, como ele é calculado, quais ações fazem parte dele e como você poderá ter exposição a esse índice.

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Ibovespa – o principal índice da bolsa de valores brasileira

Você sabe o que é o Ibovespa? O Ibovespa é um índice muito importante para os investidores, pois é um indicador de como as ações das empresas brasileiras estão se saindo no mercado.

Quando o Ibovespa sobe, geralmente, é um sinal de que a economia está indo bem e as empresas estão tendo bons resultados. Do mesmo modo, quando o Ibovespa cai, pode ser um indicativo de que a economia não está tão forte e as empresas estão enfrentando dificuldades. Simples, não é? Então, neste artigo, você aprenderá:

  1. O que é o Ibovespa;
  2. Como calcular o Ibovespa;
  3. Quais ações fazem parte do Ibovespa;
  4. Como ter exposição ao Ibovespa.

O que é o Ibovespa?

Ibovespa, também conhecido apenas como IBOV ou Índice Bovespa, é o principal índice brasileiro de ações. Desde 2 de janeiro de 1968, a Bolsa de Valores de São Paulo começou a calculá-lo de forma ininterrupta, para modernizar a estrutura do mercado de capitais brasileiro. Antes da criação do IBOV, a Bolsa de Valores de São Paulo divulgava apenas o valor de cada ação negociada.

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Ele é o resultado de uma carteira teórica de ações e units, elaborada de acordo com critérios objetivos que serão apresentados na sequência, ainda neste artigo. Como resultado, por ser uma carteira das principais ações negociadas no mercado brasileiro, ele se tornou uma espécie de termômetro do nosso mercado. Portanto, de forma muito simples, por meio de apenas um número, os investidores são capazes de entender como está o mercado acionário em um dado momento.

Como calcular o Ibovespa?

Agora que você já sabe o que é o IBOV, veremos como calculá-lo.

O Ibovespa é composto por ações e units listadas na B3. Assim, BDRs, FIIs, Fiagros nem ETFs não fazem parte dele.

Para uma ação fazer parte do Ibovespa, é necessário não só cumprir alguns critérios de inclusão, como ficar de fora dos critérios de exclusão.

Critérios de inclusão

São diversos os critérios de inclusão. Vamos te apresentar os quatro principais:

  1. Índice de negociabilidade

A B3 calcula o Índice de Negociabilidade (IN) com base na quantidade de negócios de cada ativo, assim como no volume financeiro transacionado. Logo, os ativos mais líquidos possuem maior índice de negociabilidade e tendem a ter maior peso no Ibovespa.

Para cada ativo, calcula-se o seu índice de negociabilidade.  Em seguida, ordena-se os ativos em ordem decrescente de índice, ou seja, do ativo com o maior índice de negociabilidade para o menor. Finalmente, as ações que compuserem 85% do valor acumulado de todos os índices individuais serão consideradas para fazerem parte do Ibovespa.

  1. Presença de 95% nos últimos pregões

Para ser considerado para participar do Ibovespa, a metodologia exige que o ativo tenha sido negociado em pelo menos 95% dos pregões da vigência das três últimas carteiras. Por exemplo, a duração de três carteiras é aproximadamente 252 pregões. Portanto, se uma ação não teve negociação por 13 (5% de 252) ou mais pregões, ela ficará de fora da próxima carteira.

  1. Relevância de volume

A metodologia para cálculo do IBOV também exige que a ação tenha representatividade de pelo menos 0,10% do volume transacionado no mercado à vista na vigência das três últimas carteiras.

  1. Não ser categorizado como penny stock

Penny stocks são os ativos que possuem cotação inferior a R$ 1,00.

Critérios de exclusão

Além dos critérios de inclusão, existem também os critérios de exclusão, sendo os principais:

  1. Ação que se torna penny stock

Caso uma ação que esteja no índice se torne uma penny stock, ela será excluída.

  1. Recuperação judicial

Caso um ativo que faça parte do índice entre em recuperação judicial, ele sairá do índice no dia seguinte àquele que negociar nessa situação. Por exemplo, isso aconteceu, em 2023, com Lojas Americanas (LAME3) e Light (LIGT3). Também não podem fazer parte do Ibovespa os ativos que estejam em qualquer situação considerada passível de suspensão das negociações.

A B3 também poderá, a seu critério, incluir ou excluir um ativo, com intuito de preservar a continuidade do índice, embora isso seja algo incomum.

Para apuração do índice, considera-se que todos os dividendos, juros sobre capital próprio (JCPs) serão reinvestidos. Além disso, caso haja subscrição, considera-se o valor da venda dos direitos de subscrição para a apuração do valor do índice, mesmo processo que é feito para as ações recebidas em bonificação a custo zero.

O Índice é apresentado em pontos, e cada ponto do índice equivale a R$ 1,00.

Critérios de exclusão

Para você saber o que é o Índice Bovespa na prática, é interessante que você saiba os ativos que fazem parte dele. Entretanto, é muito simples ter acesso a essa informação, pois, diariamente, a B3 atualiza no seu site a carteira teórica do Ibovespa. Você notará que para cada ação existe uma quantidade teórica e a participação em percentual.

Por exemplo, neste momento, entre as ações com a maior relevância no Ibovespa, podemos destacar:

  • Vale (VALE3)
  • Itaú (ITUB4)
  • Petrobras (PETR4 e PETR3)
  • Bradesco (BBDC4)
  • B3 (B3SA3)
  • Eletrobrás (ELET3)
  • AMBEV (ABEV3)
  • Banco do Brasil (BBAS3)

Rebalanceamento do Ibovespa

A cada quatro meses, a B3 faz uma reavaliação do índice para garantir a sua representatividade no mercado acionário brasileiro. Portanto, ela recalcula todos os critérios da metodologia que você aprendeu anteriormente, como o Índice de Negociabilidade, para saber a nova composição do índice.

A cada rebalanceamento, a B3 pode incluir algumas ações bem como excluir outras. Além disso, ajusta-se também o percentual de representatividade de cada ação.

O rebalanceamento ocorre na primeira segunda-feira de janeiro, maio e setembro. Assim, as carteiras são válidas para os meses de janeiro a abril, maio a agosto e setembro a dezembro.

A B3 divulga prévias das novas carteiras. Contudo, como as regras para a composição do IBOV são claras, muito investidores fazem os cálculos por conta própria e, assim, conseguem chegar à composição da nova carteira.

Certificações que cobram índices

Não apenas investidores, mas principalmente os profissionais de mercado precisam ter conhecimento dos mais variados índices do mercado financeiro, dentre eles:

Dentre as certificações que cobram índices, podemos destacar:

Como ter exposição ao Ibovespa?

Existem algumas formas por meio das quais você pode operar o Índice Bovespa, ou melhor, ter exposição a esse índice.

ETF BOVA11

O BOVA11 é um ETF que busca replicar a performance do Ibovespa. Esse ETF nada mais é do que uma réplica da carteira do Ibovespa. Logo, ao comprar o BOVA11, você estará comprando um ativo que replica a cesta de ativos que compõem o Ibovespa. Enfim, trata-se de uma forma muito simples de se expor ao Ibovespa. O BOVA11 é um dos ETFs mais populares do mercado brasileiro.

Contrato futuro de Ibovespa (IND)

O contrato futuro de Ibovespa, também conhecido como índice cheio, permite que os investidores negociem as expectativas futuras do Ibovespa sem a necessidade de terem que comprar os ativos que fazem parte do índice. Por isso, se trata de um derivativo do Ibovespa.

Os contratos futuros de Ibovespa possuem data de vencimento, que são sempre na quarta-feira mais próxima do dia 15 do mês de vencimento. Por fim, os meses de vencimento são os chamados meses pares, que são: fevereiro, abril, junho, agosto, outubro e dezembro.

Minicontratos futuros de Ibovespa (WIN)

Os minicontratos futuros de Ibovespa, popularmente conhecidos apenas como mini-índice, ganharam muita popularidade nos últimos anos. Um mini-índice equivale a 20% de um índice cheio, portanto, esses contratos são bastante acessíveis aos investidores pessoas físicas.

Esperamos que este artigo tenha sido relevante para você.

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