Sobre a MELVER

Operações estruturadas: entenda o que são e como funcionam

Operações estruturadas são estratégias de investimento que ajudam a diversificar a carteira, minimizando os riscos e potencializando a rentabilidade. Leia o artigo para entender mais sobre o assunto!

Escrito por

Compartilhe:

O mundo dos investimentos é extremamente amplo e isso, na maioria das vezes, deixa os iniciantes nesse ramo cheios de dúvidas. Quem está buscando começar a investir o próprio dinheiro ou está dando os primeiros passos em uma jornada para começar a trabalhar no mercado financeiro certamente vai se deparar com muitos termos desconhecidos.  

Se você nunca ouviu falar em operações estruturadas ou mesmo já conhece, mas não sabe direito do que se trata, precisa ler este artigo. Nele, você vai descobrir: 

  • o que são operações estruturadas; 
  • quais são os tipos; 
  • como funcionam; 
  • as vantagens e desvantagens desse tipo de investimento. 

O que são operações estruturadas 

Operações estruturadas são uma estratégia de investimento que envolve a combinação de diferentes ativos e instrumentos. Elas servem para atender às necessidades específicas de cada investidor, podendo, assim, oferecer soluções adaptadas aos seus objetivos, apetite por risco e expectativa de retorno. 

📰 Leia também:

Tipos de perfil de investidor: aprenda a lidar com 3 tipos de clientes

Ao contrário dos investimentos tradicionais, em que os investidores compram e mantêm ativos individuais, as operações estruturadas buscam criar estruturas mais sofisticadas, que englobam vários ativos. Eles podem incluir, por exemplo: 

  • títulos de renda fixa; 
  • commodities; 
  • moedas; 
  • derivativos; 
  • e outros instrumentos financeiros. 

Dessa forma, elas são uma maneira de promover a diversificação de investimentos na carteira e, com isso, buscar a minimização dos riscos e a maximização dos ganhos. 

Quais são os tipos de operações estruturadas 

Existem diferentes tipos de operações estruturadas, cada uma com suas características e finalidades. Conheça alguns deles: 

Certificados de Operações Estruturadas (COEs) 

Os Certificados de Operações Estruturadas são títulos emitidos por instituições financeiras e envolvem um ativo principal, sendo este de renda fixa, e ativos derivativos de renda variável.  

Investir em COEs é uma boa estratégia para quem deseja alcançar uma boa rentabilidade, por meio da aplicação em ativos de maior risco, sem perder, ao mesmo tempo, a segurança dos investimentos em renda fixa. 

Travas 

As travas, que podem ser de alta ou de baixa, são estratégias de investimentos que permitem lucrar com a variação do preço de ativos subjacentes. Elas levam esse nome, porque envolvem a combinação de opções de compra e opções de venda para criar uma estrutura que limita o risco (mas também, consequentemente, o potencial de retorno). 

No caso da trava de alta, o investidor compra opções de compra de determinado preço, enquanto, em paralelo, vende outras opções de compra com preço superior. 

Já na trava de baixa, vende-se uma opção de compra, enquanto compra-se outra com um preço superior.  

Como funcionam as operações estruturadas 

As operações estruturadas funcionam dentro do mercado de opções, que permite a negociação de ativos com valor fixado entre dois investidores, com o objetivo de reduzir os riscos e aumentar as chances de retorno. 

Quem quer começar a investir utilizando essa estratégia deve levar em consideração os seguintes pontos: 

Percepção de objetivos e necessidades do investidor 

O primeiro passo é entender muito bem os objetivos, as necessidades e, é claro, o perfil de risco do investidor. Isso inclui a determinação do horizonte do investimento, o nível de tolerância ao risco, as expectativas de retorno (em relação ao tempo e ao dinheiro), entre outros fatores.  

Essas informações são essenciais para que seja possível projetar a melhor estrutura para atender aos requisitos. 

Análise do mercado 

Depois de mapear as informações, é importante, então, realizar uma análise detalhada do mercado e das condições econômicas atuais. Isso envolve estudar as perspectivas de diferentes classes de ativos, identificar oportunidades e riscos e prestar atenção no cenário de maneira multidisciplinar para, assim, desenvolver estratégias que possam aproveitar o melhor da situação. 

Estruturação da operação 

Com base nos passos anteriores, a operação deve ser projetada. Como já foi dito, ela pode envolver ações, títulos de renda fixa, derivativos e diversos outros tipos de instrumentos financeiros — levando em conta, sempre, a análise dos riscos e dos retornos associados. 

Monitoramento e gestão de risco 

Após a estruturação da operação, é preciso monitorá-la constantemente para acompanhar o desempenho dos ativos, a temperatura do mercado e os indicadores relevantes. Dessa forma, ajustes podem ser feitos na estrutura para garantir que ela continue alinhada aos objetivos do investidor. 

Entretanto, é importante observar que algumas operações, como as realizadas em COEs, não podem ser facilmente ajustadas ao longo da sua duração, visto que são produtos negociados em mercado de balcão com características muito específicas. 

Vantagens e desvantagens desse tipo de investimento 

Como toda estratégia de investimento, as operações estruturadas têm suas vantagens e desvantagens. As principais vantagens são: 

  • permitir a diversificação da carteira, por meio da combinação de diferentes ativos em uma mesma estrutura; 
  • ser customizável e, por isso, personalizadas de acordo com a necessidade de cada investidor; 
  • ser projetada para oferecer proteção contra riscos específicos, como flutuações de mercado ou eventos adversos; 
  • oferecer acesso a estratégias de investimento complexas que, muitas vezes, não estão disponíveis para investidores não profissionais. 

Já as desvantagens são, principalmente, as seguintes: 

  • alta complexidade, de modo geral, e necessidade de entendimento sólido do mercado e dos produtos envolvidos; 
  • possível envolvimento de custos adicionais, como as taxas de estruturação. 

Por fim, como para qualquer outro investimento, é importante ter ciência de que as operações estruturadas estão sujeitas a riscos de mercado. Por isso, os investidores devem estar sempre preparados para lidar com eles. 

Se você gostou deste conteúdo, não pode deixar de conferir também o nosso artigo sobre fundo multimercado. Entenda qual é essa estratégia, suas vantagens e desvantagens e adicione mais esse conhecimento de mercado financeiro ao seu repertório! 

destaques

Veja mais

Este guia desmistifica os derivativos financeiros, explicando seus tipos, como contratos futuros, opções e swaps, além de seus usos em gestão de risco e especulação. Aborda também aspectos operacionais, riscos envolvidos e melhores práticas para negociar derivativos com sucesso.
Prepare-se para a prova CPA-20 da ANBIMA com estas 5 dicas essenciais. Garanta sua aprovação na CPA-20 e impulsione sua carreira no mercado financeiro.
Os Acordos de Basileia I, II e III estabelecem normas para fortalecer a estabilidade financeira global, abordando riscos de crédito, mercado e operacional.