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Novo Mercado: o degrau mais alto de governança na B3

O Novo Mercado, segmento da B3, é um marco em governança corporativa no Brasil. Visando maior transparência e equidade, demanda das empresas listadas padrões rigorosos, como ações ordinárias exclusivas e práticas sustentáveis e éticas.

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No universo das finanças, a governança corporativa desempenha um papel fundamental, especialmente em mercados emergentes como o Brasil. Neste contexto, o Novo Mercado da B3 se destaca como um marco de excelência em governança corporativa, atraindo a atenção de investidores e empresas.

Este segmento representa não apenas um padrão elevado de transparência e equidade, mas também um compromisso com práticas sustentáveis e éticas de negócios.

Criado pela B3, o Novo Mercado visa aprimorar as práticas de governança das empresas brasileiras. Para as empresas, aderir a este segmento significa adotar políticas rígidas e transparentes, garantindo assim maior confiança por parte dos investidores. Além disso, a listagem no Novo Mercado frequentemente resulta em melhor avaliação de mercado, refletindo a confiança dos investidores nas práticas de governança da empresa.

A relevância do Novo Mercado transcende as fronteiras nacionais, colocando o Brasil em uma posição mais competitiva no cenário global de investimentos. Ele serve como um indicador de maturidade para o mercado de capitais brasileiro, atraindo investidores estrangeiros que buscam segurança e confiabilidade. Desse modo, o Novo Mercado desempenha um papel vital na dinamização da economia brasileira, fomentando a inovação e o crescimento sustentável.

Este artigo busca explorar as nuances do Novo Mercado, desvendando sua estrutura, os benefícios para as empresas nele listadas e o impacto no mercado financeiro como um todo.

O que é o Novo Mercado

O Novo Mercado representa a mais elevada esfera de governança corporativa na B3, a bolsa de valores do Brasil. Este segmento, criado em 2000, estabelece padrões rigorosos de transparência e governança para as empresas que nele desejam se listar. Ou seja, criação visava aumentar a confiança dos investidores, oferecendo um ambiente de negociações mais seguro e confiável.

Para fazer parte do Novo Mercado, as empresas devem cumprir uma série de exigências. Entre elas, destacam-se a emissão exclusiva de ações ordinárias, que conferem direito a voto a todos os acionistas, e a adoção de práticas de governança mais rígidas do que as exigidas pela legislação brasileira. Além disso, as empresas devem demonstrar um compromisso contínuo com altos padrões de transparência.

Essas regras procuram garantir maior equidade entre os acionistas, evitando favorecimentos e conflitos de interesse. Além de oferecer maior proteção aos acionistas minoritários, o Novo Mercado estimula as empresas a adotarem práticas sustentáveis e éticas. Portanto, isso se traduz em relatórios financeiros mais detalhados e maior clareza nas estratégias corporativas.

Empresas que se listam no Novo Mercado, consequentemente, ganham mais visibilidade e credibilidade no mercado financeiro e de capitais. Isso muitas vezes se reflete em uma valoração de mercado superior, atraindo um volume maior de investimentos. Sem falar que a adesão ao Novo Mercado representa um passo importante para as empresas que buscam expandir sua base de investidores, incluindo os internacionais.

Portanto, o Novo Mercado não é apenas um segmento de listagem na B3, mas um símbolo de excelência em governança corporativa. Ele oferece um modelo de negócios que valoriza a transparência, a equidade entre acionistas e a responsabilidade corporativa, configurando-se como um pilar fundamental para o desenvolvimento sustentável do mercado de capitais brasileiro.

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Características do segmento Novo Mercado

O Novo Mercado distingue-se por uma estrutura de capital exclusivamente composta por ações ordinárias. Um mínimo de 20% das ações deve estar disponível ao público geral ou 15%, caso o volume de negociações diárias médias exceda R$ 20 milhões.Logo Novo Mercado

O corpo diretivo desta esfera é obrigatoriamente formado por no mínimo três integrantes. É imperativo que dois ou 20% dos membros, prevalecendo o maior, sejam independentes, com um período de gestão que pode ser de até dois anos.

Informações pertinentes e comunicados, incluindo anúncios de dividendos e relatórios de resultados, devem ser divulgados também em língua inglesa.

Essencialmente, assegura-se aos investidores o direito de Tag Along integral em transações envolvendo ações ordinárias. Isso significa que em caso de mudança do controle da companhia, os acionistas minoritários receberão 100% do valor das ações que o novo controlador pagou. Por exemplo, se as ações valiam R$ 80,00 mas o novo controlador pagou R$ 100,00, os acionistas minoritários têm direito de vender as ações deles por R$ 100,00 e não por R$ 80,00. Já em situações de Oferta Pública de Aquisição, a determinação do preço justo é mandatória.

Para que haja a saída, mais de um terço dos detentores das ações disponíveis deve consentir ou um quórum superior, conforme definido no Estatuto.

A aderência à Câmara de Arbitragem do Mercado é uma condição essencial, assim como a formação de um comitê de auditoria específico. Também é necessário a criação de uma área dedicada à auditoria interna e a implementação de funções de compliance são requisitos intransigíveis.

Por último, fatos relevantes, informações sobre proventos (aviso aos acionistas ou comunicado ao mercado) e press release de resultados devem ter divulgação em português e em inglês.

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Quem faz parte do Novo Mercado?

Algumas das maiores e mais importantes empresas do Brasil fazem parte do Novo Mercado. Conheça os segmentos de listagem da B3 e as empresas de cada segmento.

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