Sobre a MELVER

A poupança é um investimento ruim. Entenda o motivo e invista melhor!

A poupança, tradicional e isenta de impostos, enfrenta críticas por baixa rentabilidade e perda de poder aquisitivo, desafiando investidores a explorar alternativas mais lucrativas e diversificadas.

Escrito por

Compartilhe:

A poupança, tradicionalmente, representa uma das formas mais comuns de investimento entre os brasileiros. Mas, você vai entender as razões pelas quais muitos consideram a poupança um investimento ruim. Embora seja popular por sua facilidade de acesso e percepção de segurança, esse produto enfrenta críticas devido à sua baixa rentabilidade. Essas críticas são pertinentes especialmente quando comparada a outras opções de investimento disponíveis no mercado.

É importante destacar que, apesar de sua reputação questionável entre especialistas financeiros, a poupança continua a ser uma opção viável para certos perfis de investidores. Assim, precisamos não apenas esclarecer os pontos negativos, mas também ressaltar as situações em que a poupança pode até ser uma escolha adequada.

Histórico da poupança no Brasil

A caderneta de poupança surgiu no Brasil em 1861, com o decreto imperial assinado por Dom Pedro II. Foi uma inovação destinada a incentivar a cultura de economia entre os cidadãos. Desde então, a poupança se estabeleceu como o primeiro contato de muitos brasileiros com o universo dos investimentos. Ao longo dos anos, este instrumento financeiro testemunhou diversas mudanças econômicas no país, sempre se adaptando ao contexto nacional.

Especialmente na década de 1980, quando o Brasil enfrentou altos índices de inflação, a poupança se destacou como refúgio para a população. Era o porto seguro contra a desvalorização monetária, pois oferecia correção monetária e juros. No entanto, com o Plano Real e a estabilização da moeda na década de 1990, a poupança começou a perder espaço para outras modalidades.

Ao entrar no século XXI, a poupança foi afetada por novas políticas econômicas. Em 2012, o governo alterou a regra de remuneração, vinculando-a à taxa Selic. Com a queda progressiva dos juros, a rentabilidade da poupança diminuiu significativamente, fazendo com que perdesse atratividade frente a outros investimentos de renda fixa.

A poupança, apesar de suas transformações, mantém-se como o principal tipo de investimento para uma grande parcela da população. Isso ocorre por sua simplicidade e pela percepção de baixo risco. No entanto, a consciência financeira vem crescendo e, com ela, o interesse por opções mais rentáveis.

O que é poupança

mulher guardando dinheiro em um porquinhoA caderneta de poupança, é uma modalidade de investimento de renda fixa, que permite ao investidor depositar seu dinheiro em uma conta que rende juros. Ela se destaca pela simplicidade e pela segurança, sendo uma das formas mais antigas e populares de investimento no Brasil. O funcionamento da poupança é direto: o dinheiro depositado rende juros todos os meses.

Este tipo de investimento não exige um valor mínimo para depósitos, o que contribui para sua alta acessibilidade. Além disso, ela é isenta de imposto de renda para pessoas físicas, característica que a torna atraente para pequenos poupadores. Outra vantagem é a liquidez diária, possibilitando ao investidor retirar o dinheiro a qualquer momento sem perda de rendimentos. Há que se lembrar que se deve respeitar a data de aniversário da aplicação.

Porém, mesmo com essas facilidades, a poupança apresenta uma rentabilidade geralmente inferior a outras opções de investimento disponíveis no mercado. O rendimento da poupança é fixado pelo governo e, muitas vezes, não supera a inflação. Isso pode resultar na perda do poder de compra do investidor ao longo do tempo.

A poupança permanece como a escolha inicial de muitos que começam a poupar. Contudo, com a disponibilidade de informações sobre outras formas de investimento, os investidores têm se tornado mais exigentes em relação ao retorno de suas aplicações.

Comparativo de investimento

homem em frente ao computador comparando investimentosInvestir não se restringe apenas à poupança. O mercado financeiro oferece uma gama variada de opções que se diferenciam por rentabilidade, risco e liquidez. A poupança, embora popular, confronta-se com alternativas como CDB (Certificado de Depósito Bancário), Tesouro Direto, fundos de investimento, ações, entre outros. Cada modalidade apresenta características distintas que atendem a diferentes perfis de investidores.

O CDB, por exemplo, é um título privado emitido por bancos que pode oferecer rentabilidades superiores à poupança, especialmente em prazos mais longos. Já o Tesouro Direto, programa de compra de títulos públicos, é conhecido pela segurança e por permitir a diversificação dos investimentos com baixo capital inicial. Ainda, fundos de investimento agregam variados ativos, geridos por profissionais, o que pode diluir riscos e potencializar ganhos.

É fundamental comparar as taxas de retorno. Enquanto a poupança deponde de duas regras de remuneração, outros investimentos podem estar atrelados ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário) ou à variação de índices econômicos. Isso significa que, em cenários de alta taxa de juros, produtos como o CDB podem render significativamente mais. Por outro lado, em períodos de baixa taxa de juros, a diferença entre as rentabilidades tende a diminuir.

Também não se pode ignorar o risco. Embora a poupança possua garantia do FGC até um certo valor, investimentos em ações, por exemplo, estão sujeitos à volatilidade do mercado.

📰 Leia mais:

CDBs: Monte uma carteira conservadora

Debêntures e notas promissórias: principais diferenças e como investir

Tesouro Selic: guia completo

Entendendo a rentabilidade

A rentabilidade de um investimento indica o quanto ele pode render ao longo de um período. Na poupança, a rentabilidade segue regras específicas definidas pelo Governo Federal. Tradicionalmente, o produto utiliza a Taxa Referencial (TR) mais 0,5% ao mês. Contudo, quando a taxa Selic é igual ou inferior a 8,5% ao ano, a rentabilidade cai para 70% da Selic mais a TR. Esta mecânica de cálculo revela um rendimento muitas vezes inferior à inflação, o que pode consumir o poder de compra do investidor a longo prazo.

Comparativamente, investimentos atrelados ao CDI, como o CDB, podem oferecer percentuais até superiores ao CDI. Esses investimentos, além de entregarem rentabilidade superior, também são protegidos pelo Fundo Garantidor de Créditos, até um limite estabelecido. Portanto, ao escolher onde aplicar seu dinheiro, é importante analisar a taxa real, já descontada a inflação, para entender o ganho efetivo de capital.

Investimentos em renda variável, como ações, não possuem rentabilidade predefinida e são influenciados diretamente pelas oscilações do mercado. Apesar do risco maior, eles oferecem o potencial de rentabilidades mais elevadas, especialmente em um cenário econômico favorável. Por isso, muitos investidores buscam equilibrar suas carteiras com uma combinação de ativos de renda fixa e variável.

Benefícios da poupança

Apesar das críticas quanto à sua rentabilidade, a poupança oferece benefícios que sustentam sua popularidade. Sua facilidade de uso é notável, porque permite depósitos e retiradas simples e rápidas. Além disso, não exige um valor mínimo para investimento, o que a torna acessível a todos os perfis econômicos. Além disso, a isenção de Imposto de Renda para pessoas físicas constitui um atrativo considerável, sobretudo para investidores de menor renda.

Outra vantagem reside na segurança que a poupança proporciona. Por ser garantida pelo Fundo Garantidor de Créditos até determinado valor, transmite uma sensação de proteção ao patrimônio do poupador. A liquidez diária é outro ponto forte, permitindo que o investidor resgate o total aplicado ou parte dele em qualquer momento. Porém, é importante lembrar que se deve respeitar a data de aniversário da aplicação.

A poupança também se destaca como uma ferramenta de educação financeira. Para muitos, representa o primeiro contato com o hábito de poupar e investir, servindo como uma porta de entrada para o universo das finanças. A simplicidade operacional da poupança facilita a compreensão de conceitos básicos de juros e capitalização, essenciais para quem está começando a se educar financeiramente.

A poupança é um investimento ruim

A poupança, embora popular, apresenta desvantagens que limitam seu potencial como investimento. A principal crítica reside na sua rentabilidade, frequentemente inferior à inflação. Isso significa que o poder de compra do dinheiro investido pode diminuir com o tempo. Dessa forma, o crescimento do capital não acompanha o aumento dos preços dos bens e serviços.

Além disso, a rentabilidade da poupança é fixa e regulada pelo governo. Ela não oferece ao investidor a possibilidade de ganhos maiores mesmo em cenários econômicos favoráveis. Em comparação, outras opções de renda fixa podem proporcionar retornos mais atrativos, sobretudo em períodos de elevação da taxa Selic.

Outro ponto desfavorável é a regra da data de aniversário, que determina que os rendimentos são creditados mensalmente na data do depósito. Se o resgate ocorrer antes dessa data, o investidor perde os juros do período, o que demanda planejamento e pode reduzir a flexibilidade da aplicação.

Portanto, apesar de sua simplicidade, a poupança pode não ser a melhor escolha para quem busca maximizar o patrimônio ou proteger-se contra a inflação.

Aspectos fiscais

Leão representando a Receita FederalDentre as variadas opções de investimento, a poupança se destaca por suas vantagens fiscais. Para pessoas físicas, ela é isenta de Imposto de Renda, o que representa uma vantagem significativa, principalmente para pequenos poupadores. Além disso, a poupança também é livre da incidência de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

No entanto, outras modalidades de investimento de renda fixa não compartilham da mesma isenção fiscal. Por exemplo, investimentos como CDBs e fundos de renda fixa estão sujeitos à tabela regressiva de Imposto de Renda. Essa tributação pode reduzir significativamente o rendimento líquido desses investimentos.

Além do Imposto de Renda, alguns investimentos em renda variável, como ações, possuem suas próprias regras fiscais. Os ganhos com a venda de ações são tributados em 15% sobre o lucro, se o montante vendido no mês exceder R$ 20.000,00. Já os dividendos recebidos por pessoas físicas são isentos de impostos, o que pode ser um atrativo para investidores que buscam renda passiva.

Portanto, ao analisar as implicações fiscais dos investimentos, é essencial considerar o impacto dos impostos sobre a rentabilidade final. A poupança, com sua isenção fiscal, pode ser vantajosa para quem deseja simplicidade e isenção de tributos, enquanto outros investimentos podem oferecer melhores retornos brutos.

📰 Leia mais:

Quais são os melhores investimentos para construir uma reserva de emergência?

Quais são os melhores investimentos para iniciantes?

Continue com a gente. Continue com a MELVER!

destaques

Veja mais

Este guia desmistifica os derivativos financeiros, explicando seus tipos, como contratos futuros, opções e swaps, além de seus usos em gestão de risco e especulação. Aborda também aspectos operacionais, riscos envolvidos e melhores práticas para negociar derivativos com sucesso.
Prepare-se para a prova CPA-20 da ANBIMA com estas 5 dicas essenciais. Garanta sua aprovação na CPA-20 e impulsione sua carreira no mercado financeiro.
Os Acordos de Basileia I, II e III estabelecem normas para fortalecer a estabilidade financeira global, abordando riscos de crédito, mercado e operacional.