Renda fixa americana: saiba mais sobre CDs, CPs e Repos.

Neste artigo abordaremos os Certificates of Deposit (CDs), Commercial Papers (CPs) e os Repurchase Agreements (Repos) nos EUA, importantes instrumentos de renda fixa do mercado americano.

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A renda fixa americana é possui instrumentos de bastante liquidez. Entre eles temos os Certificates of Deposit (CDs), Commercial Papers (CPs) e os Repurchase Agreements (Repos).

Esses instrumentos representam uma parte significativa do mercado financeiro global. Isso porque oferecem aos investidores uma variedade de opções para diversificar e fortalecer seus portfólios. Os CDs, conhecidos pela sua segurança e retornos estáveis, são uma escolha popular para quem busca uma aplicação conservadora. Por outro lado, os CPs oferecem oportunidades de investimento de curto prazo, atraindo aqueles que procuram maior liquidez.

Já os Repos, menos conhecidos grande pelo público, funcionam como acordos de recompra, sendo uma ferramenta importante para a gestão de liquidez e riscos nos mercados financeiros. Os três tipos de instrumentos são pilares do sistema financeiro americano, cada um com suas características e benefícios específicos. Portanto, entender essas opções é essencial para os investidores que desejam aproveitar as oportunidades do mercado americano.

Neste artigo temos um guia completo sobre CDs, CPs e Repos, explorando suas particularidades, riscos e vantagens. Você vai entender as diferenças entre esses instrumentos, como eles funcionam e quais são as melhores práticas para investir. Além disso, discutiremos os aspectos fiscais e regulatórios envolvidos, oferecendo um panorama que capacitará os investidores a tomarem decisões mais informadas.

Os Certificates of Deposit (CDs)

Certificado de DepósitoOs Certificates of Deposit (Certificados de Depósito) ou CDs dos Estados Unidos, são comparáveis aos Certificados de Depósito Bancário (CDBs) do Brasil. Eles representam aplicações financeiras feitas por clientes em bancos comerciais. Esses investimentos, para montantes inferiores a 100 mil dólares, não oferecem liquidez imediata. Dessa forma, o pagamento dos juros e do capital inicial investido ocorre somente na data de vencimento estipulada. Já para quantias superiores a esse limite, os investidores têm a opção de realizar a venda antecipada no mercado de balcão, o que proporciona uma liquidez significativa.

Os CDs, sendo produtos bancários, oferecem retornos ligeiramente maiores que os T-bills, tidos como investimentos de baixíssimo risco. Contudo, esses certificados são assegurados até o valor de 250 mil dólares pela Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC), entidade similar ao Fundo Garantidor de Créditos (FGC) brasileiro. Assim, esta garantia oferece uma camada extra de segurança para os investidores, alinhando os CDs americanos com os padrões de proteção financeira encontrados no Brasil.

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Commercial Papers (CPs): uma opção de curto prazo

Os Commercial Papers (CPs), ou Notas Promissórias Mercantis, são instrumentos de dívida de curta duração, frequentemente escolhidos por companhias que evitam financiamentos bancários. Estes são utilizados principalmente para aumentar o capital de giro ou para o pagamento de impostos.

É habitual que as emissões de CPs sejam respaldadas por linhas de crédito bancário, oferecendo uma opção de quitação antecipada do valor principal e juros. Tal prática confere maior segurança aos investidores e contribui para a melhoria da classificação de crédito da emissão.

Os CPs são caracterizados por diversos aspectos distintos:

  • O prazo de vencimento não ultrapassa 270 dias;
  • Os períodos mais comuns de vencimento variam de menos de um mês a até dois meses;
  • Emissões com prazos mais longos exigem aprovação da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) e são raras;
  • Sua emissão é feita em múltiplos de 100 mil dólares, com deságio;
  • Investidores menores podem acessar por meio de fundos de investimento;
  • Considerados ativos de baixo risco devido ao curto prazo de vencimento;
  • Instituições financeiras também podem emitir, usando seus ativos como garantia.

Repos: Acordos de Recompra

Os Acordos de Recompra, conhecidos como Repurchase Agreements ou Repos, são empréstimos de curtíssimo prazo, normalmente de um dia. No entanto, é comum encontrar Repos que se estendem por até 30 dias ou mais, denominados Acordo de Recompra a Prazo.

Em operações diárias de Repos, a instituição vende os títulos para um investidor, comprometendo-se a recomprá-los no dia seguinte a um preço mais alto. Este acréscimo no preço representa os juros da transação diária, conhecidos como taxa repo. Entretanto, se houver pagamento de cupons durante o período do empréstimo, estes são direcionados ao vendedor dos títulos.

É possível observar a operação sob outra perspectiva. A instituição adquire títulos públicos de um investidor, comprometendo-se a revendê-los, a um preço mais alto, após um dia ou dentro do prazo acordado.

Todos os instrumentos de renda americana que vimos são acessíveis a investidores em qualquer parte do globo. Portanto, se a empresa mantém caixa nos Estados Unidos ou realiza operações de importação e importação, ela precisa considerar essa possibilidade.

Nos próximos artigos continuaremos com muito mais conteúdo sobre renda fixa e mercados internacionais. Siga com a MELVER e se mantenha informado sobre o mercado financeiro.

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