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Conheça os principais tipos de FIIs

FIIs são divididos em categorias (tipos). Há os fundos de tijolo, que investem diretamente em propriedades imobiliárias. Existem os fundos de papel, que alocam recursos em títulos imobiliários, e os fundos de fundos, que investem em outros FIIs

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Nos últimos anos, o mercado financeiro brasileiro vivenciou um crescimento notável, e os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) despontaram como protagonistas dessa ascensão. Por meio deles, investidores conseguem acessar oportunidades de alta qualidade no setor imobiliário. Então, este artigo se propõe a navegar pelos principais tipos de FIIs, explicando as características vitais de cada um.

Entretanto, mergulhar no mundo dos FIIs demanda conhecimento sólido e análise cuidadosa. Entender as nuances de cada categoria torna-se essencial para uma estratégia de investimento bem-sucedida. Além disso, essa compreensão profunda permite que investidores façam escolhas mais assertivas e, consequentemente, alcancem retornos mais atrativos.

Os FIIs apresentam-se como uma ferramenta robusta para diversificação de carteira. Mas, é vital reconhecer que cada categoria possui seus próprios riscos e benefícios. Nessa jornada informativa, abordaremos cada uma destas categorias (tipos) detalhadamente, fornecendo uma visão abrangente que visa auxiliar tanto investidores novatos quanto os mais experientes.

Para tanto, vamos abordar os seguintes tópicos:

  • Entendendo os FIIs;
  • Os principais tipos de FIIs.

Finalmente, vale salientar que o cenário econômico vigente exerce influência direta sobre o desempenho dos FIIs. Assim, municiar-se de informações atuais e relevantes pode ser um diferencial significativo. Sem dúvida, esse conhecimento prepara o investidor para tomar decisões mais ponderadas e lucrativas.

Convidamos você a prosseguir nesta leitura enriquecedora, onde descobriremos juntos o universo fascinante e diversificado dos Fundos de Investimento Imobiliário no Brasil.

Entendendo os FIIs

Na arena de investimentos, os FIIs destacam-se como uma opção inteligente. Eles funcionam como uma espécie de “condomínio” de investidores que, juntos, adquirem propriedades imobiliárias. Mas, para navegar com segurança neste mercado, é essencial compreender seus mecanismos detalhadamente.

Primeiramente, é vital conhecer a estrutura básica dos FIIs. Cada fundo, administrado por gestores competentes, investe em uma variedade de ativos imobiliários. Assim, os investidores podem obter ganhos através de aluguéis e valorização dos bens. Além disso, essa estrutura favorece a liquidez, visto que as cotas são negociadas em bolsa.

Ainda, é importante frisar que os FIIs apresentam menor volatilidade comparados a outros investimentos, como ações. Consequentemente, eles servem como um bom ponto de entrada para investidores iniciantes. No entanto, analisar a gestão e a performance histórica do fundo são passos inegáveis para um investimento consciente.

Adicionalmente, os FIIs oferecem uma vantagem tributária significativa, dado que os rendimentos mensais distribuídos são isentos de Imposto de Renda para pessoas físicas. Entretanto, é imprescindível que o investidor esteja atento às normativas vigentes, pois o cenário fiscal pode sofrer alterações.

Por fim, é fundamental destacar que os FIIs permitem acesso a ativos de alta qualidade, os quais, muitas vezes, estaríamos fora do alcance de investidores individuais. Portanto, essa característica amplia significativamente as possibilidades de diversificação de carteira, fortalecendo a estratégia de investimento.

Se quiser se aprofundar mais sobre os fundos imobiliários, acesse a “playlist” que elaboramos para você:

Os principais tipos de FIIs

A maneira mais importante de agrupar os FIIs é pensando no tipo de coisa em que o dinheiro do fundo é investido. É bem simples, temos quatro grupos principais: Fundos de Tijolo, Fundos de Papel, Fundos Híbridos e Fundos de Fundos.

Mulher organizando postits em parede de vidro, representando os tipos de FIIs

Fundos de tijolo

Homens em uma construção, representando FIIs de tijoloOs Fundos de Tijolo alocam uma significativa parcela do seu capital em ativos imobiliários tangíveis, originando assim sua denominação bastante elucidativa. Esses ativos podem ter estruturas já edificadas ou em processo de construção, delineados para locação ou valorização.

Os FIIs que focam em centros comerciais, espaços corporativos, edificações residenciais, hospitais, universidades e complexos logísticos figuram como os exemplos preponderantes de fundos de tijolo.

A nomenclatura advém, claramente, da representatividade de estruturas físicas com potencial para gerar receitas, primordialmente através de locações.

 

Fundos de papel

Os fundos de papel canalizam o seu patrimônio em títulos de dívida emitidos por entidades bancárias ou securitizadoras, dirigidos ao segmento imobiliário. Existem três papéis cruciais que desempenham papel fundamental neste contexto:Homens analisando planta-baixa, representando FIIs de papel

LHs (Letras Hipotecárias)

As Letras Hipotecárias, estabelecidas em 1986, constituem-se como títulos de renda fixa respaldados por créditos imobiliários. Significa que os bancos lançam e comercializam esses títulos para reunir capital, remunerando os investidores através de juros. A segurança desta transação é fornecida pelos empréstimos imobiliários que o banco concedeu aos seus clientes, popularmente conhecidos como hipotecas. Atualmente, estes instrumentos são predominantemente comercializados pela Caixa Econômica Federal, ainda que em volume reduzido.

LCIs (Letras de Crédito Imobiliário)

As LCIs, de características bastante semelhantes às LHs, ganharam notável popularidade e disponibilidade na última década. Diferenciam-se principalmente pelos períodos de resgate e pela garantia assegurada através da alienação fiduciária, que envolve o bem imobiliário físico. Tornaram-se ativos altamente valorizados no mercado de renda fixa, devido à sua liquidez diária e à isenção do imposto de renda sobre os lucros gerados.

CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários)

Os CRIs destacam-se dos títulos mencionados anteriormente, em virtude de sua associação direta com os recebíveis imobiliários. Neste contexto, os bancos vendem os montantes a receber de seus clientes, oriundos de financiamentos imobiliários, em um processo conhecido como securitização. As securitizadoras, que não são instituições financeiras tradicionais, lançam os CRIs para angariar fundos necessários para custear essa operação. A grande parcela dos ativos dos fundos de papel é constituída por CRIs.

Fundos híbridos

Os Fundos Híbridos caracterizam-se como FIIs que destinam seus investimentos tanto em bens tangíveis quanto em títulos financeiros.

A grande valia desses fundos reside na sua capacidade de diversificação. Eles possuem ampla margem para ajustar suas estratégias de investimentos, sempre atentos às nuances do mercado econômico e imobiliário.

Um cenário ilustrativo ocorre em momentos de retração no setor imobiliário e quando as taxas de juros estão elevadas. Nessa conjuntura, o administrador do FII tende a optar mais por títulos financeiros, especialmente CRIs, em vez de investir em ativos tangíveis.

Fundos de fundos

Existem ainda os Fundos de Fundos, conhecidos como FoFs. Nestes FIIs, uma grande parcela dos ativos é destinada à aquisição de cotas de outros fundos de investimento imobiliário.

A compensação dos cotistas, portanto, estará vinculada aos lucros gerados pelos fundos em que os ativos estão aplicados. Os investidores necessitam exercer uma vigilância redobrada nesta categoria, pois, além de arcarem com as taxas dos FIIs que integram os FoFs, terão de assumir os encargos adicionais atrelados aos próprios FoFs. Portanto, estarão expostos a um número significativamente maior de taxas. Entretanto, essa condição pode não ser desfavorável, caso o desempenho dos FoFs compense os custos elevados.

Agora que você já conhece os principais tipos de FIIs, já pode se aprofundar com os nossos outros artigos sobre o tema. Assim você terá muito mais ferramentas para a tomada de decisão na hora de investir.

📰 Leia também:

Fundos de Investimento: a nova divisão em classes e subclasses

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