Sobre a MELVER

Como comparar e escolher títulos públicos para investir?

Neste artigo aprenderá sobre os elementos de análise para escolher o título público com segurança conforme o momento de vida e os objetivos do planejamento de investimento.

Escrito por

Compartilhe:

Comparar e escolher títulos públicos para investir é um passo fundamental para obter êxito no mercado de renda fixa. Neste artigo você aprenderá sobre os elementos de análise para escolher o título público com segurança conforme o seu momento de vida e os objetivos do seu planejamento de investimento.

Tipos de títulos públicos

Inicialmente, é fundamental o investidor conhecer as características principais dos diferentes tipos de produtos de títulos públicos e o tipo de rentabilidade: pré-fixado, pós fixado e híbrido.

Títulos pré-fixados

Por exemplo: a Letras do Tesouro Nacional – LTN, também conhecida como tesouro pré-fixado, tem a opção de o investidor escolher pré-fixado e sem o pagamento de cupom (bullet).

A estrutura desse investimento funciona assim: o investidor recebe o valor de face mais o juro. O valor de face é quanto o título valerá no vencimento.

Esse título não é recomendado em cenários de inflação ou cenários de elevação da taxa de juros.

📰 Saiba mais:

Tesouro Prefixado com Juros Semestrais: guia completo

Consulte as taxas de juros no site do Banco Central

Títulos pós-fixados

A Letra Financeira do Tesouro, conhecida como Tesouro Selic, está indexada à taxa Selic. Tem como característica a liquidez diária e os juros são adicionados diariamente. No vencimento o investidor(a) recebe o valor investido atualizado mais o juro do período.

Títulos híbridos

A Nota do Tesouro Nacional série B (NTN-B) tem como característica o rendimento vinculado ao IPCA e ainda paga juros semestrais. Por isso, recebe o nome de tesouro IPCA.

Nesse caso o investidor(a) recebe o valor investido mais o último cupom com base no valor nominal atualizado.

Como você pode observar, os títulos prefixados têm como característica principal o conhecimento da rentabilidade logo que adquire o título.

Por outro lado, os títulos pós-fixados apresentam rentabilidade indexada a um indicador de referência, como IPCA ou Selic. Portanto, a rentabilidade varia conforme o indexador.

Finalmente, os títulos híbridos têm como característica a combinação dos títulos pré e pós-fixados.

📰 Saiba mais:

Tesouro Direto: guia completo

Tesouro IPCA+: guia completo

Data de vencimento dos títulos

A data de vencimento também interfere na escolha do título público. Geralmente, títulos com data de vencimento mais curtos têm maior liquidez porque podem ser vendidos no mercado secundário com uma certa facilidade.

Por outro lado, títulos de longo prazo, geralmente, oferecem maior rentabilidade, porém apresentam risco de desvalorização ao longo do tempo.

Além disso, é útil que o investidor saiba que o resgate do título pode gerar pagamento de imposto de renda. A alíquota varia de 15% a 22,5% conforme o tempo que o investidor ficou com o título.

Rentabilidade

A rentabilidade costuma ser o elemento mais observado pelo investidor.

Obviamente, todo mundo deseja ter alta rentabilidade dos seus rendimentos, porém, a rentabilidade depende dos fatores macroeconômicos, política monetária, entre outras variáveis.

Por isso, se tiver uma estratégia atenta ao cenário econômico pode ter maiores chances de obter maior rentabilidade na renda fixa.

Liquidez

A liquidez também interfere na escolha dos títulos públicos.

Em regra geral, os tipos com maior liquidez são desejáveis por investidores que têm a intenção de resgate antes do vencimento e vão vendê-los no mercado secundário.

A liquidez está associada à facilidade com que o título pode ser comercializado no mercado secundário.

Riscos

O risco também é um elemento primordial para a escolha do título. O risco significa a possibilidade de perda de dinheiro.

No mercado financeiro, os títulos públicos são classificados como investimentos de baixo risco em relação aos demais. O risco mais marcante é a possibilidade de inadimplência do governo.

Perfil do investidor

A escolha do título também depende da tolerância de risco do investidor. Apesar dos títulos públicos terem baixo risco, o investidor pode ter diferentes escolhas conforme o perfil.

Investidores conservadores tendem a optar por títulos prefixados ou pós-fixados com vencimentos mais curtos.

Por outro lado, os investidores moderados podem considerar títulos públicos híbridos ou pós-fixados com vencimentos mais longos.

Finalmente, investidores arrojados podem considerar títulos públicos prefixados com vencimentos muito longos. Não há uma regra.

📰 Saiba mais:

Perfil de investidor: aprenda a lidar com 3 estilos de clientes

Simulações de rendimentos

As simulações também ajudam a escolher os títulos públicos mais adequados. Além dos títulos públicos existem os títulos privados que têm alguns estímulos tribulações que vale a pena comparar.

Então, as simulações contribuem para comparar a rentabilidade dos diferentes títulos públicos. No próprio site do Tesouro Direto é possível fazer essas simulações dos títulos.

De forma sintética, a opção de um título depende dos fatores elencados e dos objetos do planejamento de investimentos. Se não tem certeza de quais títulos públicos são os melhores para você, pode consultar um profissional do mercado financeiro para auxiliá-lo na escolha conforme seu perfil e momento de vida.

destaques

Veja mais

Este guia desmistifica os derivativos financeiros, explicando seus tipos, como contratos futuros, opções e swaps, além de seus usos em gestão de risco e especulação. Aborda também aspectos operacionais, riscos envolvidos e melhores práticas para negociar derivativos com sucesso.
Prepare-se para a prova CPA-20 da ANBIMA com estas 5 dicas essenciais. Garanta sua aprovação na CPA-20 e impulsione sua carreira no mercado financeiro.
Os Acordos de Basileia I, II e III estabelecem normas para fortalecer a estabilidade financeira global, abordando riscos de crédito, mercado e operacional.