Ser um investidor profissional é ter acesso a produtos e serviços diferenciados no mercado financeiro. E essa classificação não se aplica a experiência ou prática no mercado, longe disso. Basta que você se encaixe em algumas condições determinadas pela CVM.
Um investidor profissional tem acesso a todos os produtos e serviços de um investidor qualificado. E se você não sabe quem são os qualificados, leia o nosso artigo especial sobre o assunto aqui.
Todos esses produtos e serviços estão fora do alcance do investidor comum. Essas oportunidades prometem maior rentabilidade porém, possuem maiores riscos. Dessa forma, as instituições financeiras entendem que esse investidor está mais familiarizado com o mercado. Assim, poderia aceitar maiores riscos em troca de maior rentabilidade.
Tudo que se aplica ao investidor qualificado também se aplica ao investidor profissional. Ele também fica dispensado de procedimentos de suitability e tem acesso a fundos restritos, com taxas de performance diferenciadas.
Os investidores profissionais também têm acesso a FIPs (Fundos de Investimento em Participações). Além disso, só investidores profissionais podem constituir fundos exclusivos, que são aqueles fundos que possuem apenas um cotista. Esse tipo de investidor também pode dispor de fundos que invistam 100% do seu capital no exterior.
Em renda fixa também há vantagens em ofertas de debêntures, CRIs, CRAs.
Quem pode ser investidor profissional?
Como dissemos no início, há algumas condições definidas pela CVM para que um investidor seja considerado profissional. Fique ligado em todas, a seguir.
Instituições financeiras
Toda e qualquer instituição financeira e demais instituições com autorização do Banco Central do Brasil são investidores profissionais.
Seguradoras e sociedades de capitalização
Companhias seguradoras e sociedades de capitalização são investidores profissionais, também, segundo a Resolução CVM 30. Isso é facilmente explicável, já que essas instituições precisam investir os recursos que captam dos seus clientes.
Entidades abertas e fechadas de previdência complementar
As entidades abertas de previdência complementar oferecem planos de previdência privada, como o VGBL e PGBL. Todos esses planos são estruturados para aplicar os recursos dos clientes em fundos previdenciários especialmente constituídos. Por isso são considerados investidores profissionais.
Pessoas físicas ou jurídicas com mais de R$ 10 milhões
Qualquer pessoa física ou empresa que tenha investimentos financeiros em valor superior a R$ 10 milhões também é investidor profissional. Mas, para isso, é necessário que atestem por escrito essa condição. É muito simples: a CVM disponibiliza um modelo de termo, que a corretora oferece na plataforma de investimentos.
Fundos e clubes
Fundos de investimento são investidores profissionais em sua essência, assim como alguns clubes. Mas, atenção: os clubes de investimento devem ter a carteira gerida por um administrador de carteira de valores mobiliários autorizado pela CVM.
Profissionais do mercado financeiro
Profissionais do mercado com certificação específica autorizada pela CVM também são investidores profissionais. Estamos falando de assessores de investimento, administradores de carteira, analistas e consultores de valores mobiliários autorizados pela CVM, em relação a seus recursos próprios.
Apenas lembrando: se você tem as certificações para essas funções, mas ainda não exerce o trabalho, será apenas investidor qualificado.
Investidor não residente
Por último, todo investidor não residente no Brasil e que invista em nosso mercado, também tem o status de investidor profissional. E como todo investidor profissional também é um investidor qualificado, o estrangeiro entrará nas duas categorias.
Então, quando você ler sobre os termos “investidor qualificado” e “investidor profissional”, saiba que não se aplica a habilidade ou experiência. Na realidade, os termos são usados para separar determinados volumes de recursos e condições. E, ao final, são os dois fatores que oferecem às duas categorias acesso e vantagens em alguns produtos e serviços do mercado.
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