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Tributação sobre contratos futuros: como funciona?

A tributação no Brasil de contratos futuros, especialmente o Imposto de Renda, é complexa. Swing trade tem alíquota de 15% e day trade 20%. Entender essa tributação é crucial para otimizar ganhos e evitar perdas.

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Os contratos futuros constituem uma parcela vital do mercado financeiro. Eles permitem que investidores se protejam contra flutuações indesejadas de preço. No entanto, além de entender como esses contratos funcionam, é crucial compreender a sua tributação. Esse entendimento pode impactar diretamente a rentabilidade e a estratégia de investimento. 

Por isso, vamos explorar o mundo da tributação aplicada a contratos futuros neste artigo. Conforme mergulhamos neste tema, você perceberá a relevância da tributação no cenário financeiro brasileiro. Afinal, ao operar com esses contratos, os investidores lidam não apenas com oscilações do mercado, mas também com as obrigações fiscais. 

Então, por que a tributação sobre contratos futuros merece tanta atenção? Primeiro, a legislação tributária no Brasil apresenta complexidades que demandam uma compreensão detalhada. Segundo, a falta de pagamento ou o erro na declaração podem levar a pesadas multas. Portanto, o entendimento sobre o assunto não apenas otimiza seus lucros, mas também previne prejuízos. 

Desta forma, seja você um investidor novato ou experiente, esta introdução oferecerá uma base sólida para navegar no universo fiscal dos contratos futuros. Assim, ao fim desta leitura, esperamos que tenha uma visão clara e confiante sobre como funciona a tributação nesse setor. 

Neste artigo nós exploraremos os seguintes tópicos: 

  • Entendendo os contratos futuros 
  • Fundamentos da tributação 
  • Tributação em contratos futuros

Entendendo os contratos futuros

Contratos futuros representam acordos firmes entre duas partes para comprar ou vender um ativo em uma data futura. Afinal, o nome já indica: são compromissos para o “futuro”. Portanto, a essência desse contrato é a especulação ou proteção contra variações de preços. 

Traders operando contratos futuros

Quando pensamos no mercado financeiro, ele atua como um termômetro da economia. E os contratos futuros, por sua vez, servem como ferramentas de proteção e também de especulação. Por exemplo, um produtor de café pode querer garantir o preço de venda de sua produção para o próximo ano. Assim, ele utiliza um contrato futuro para “travar” esse preço. 

Por outro lado, investidores e especuladores veem nos contratos futuros uma oportunidade de lucro. Portanto, eles não têm interesse direto no ativo subjacente, mas sim nas variações de seu preço. Dessa forma, eles buscam ganhos através das oscilações do mercado. 

Além disso, o mercado de contratos futuros oferece uma liquidez considerável. Isso significa que os investidores podem entrar e sair de suas posições com facilidade. Então, além da flexibilidade, essa característica torna o mercado atrativo para diversas estratégias de investimento. 

Se quiser se aprofundar mais sobre o contrato futuro, acesse o nosso artigo “Contratos futuros: conheça a principal ferramenta de proteção do mercado financeiro”.

Fundamentos da tributação

A tributação representa uma das principais fontes de receita para o Estado. Ela incide sobre diversas atividades e transações, incluindo os investimentos no mercado financeiro. Assim, é fundamental entender seus mecanismos e particularidades. 

Investidor fazendo cálculos da tributação em contratos futuros

O sistema tributário brasileiro é conhecido por sua complexidade. Então, ao entrar no universo dos investimentos, a primeira coisa que um investidor deve fazer é se familiarizar com a estrutura tributária do país. Isso porque, além das oscilações do mercado, o impacto dos impostos pode influenciar diretamente na rentabilidade das operações. 

O principal imposto que incide sobre os contratos futuros é o Imposto de Renda (IR). No entanto, sua alíquota e forma de cobrança podem variar de acordo com a natureza da operação. Portanto, não basta apenas saber que existe tributação; é essencial compreender seu funcionamento detalhadamente. 

Além do IR, outros custos podem surgir. Por isso, investidores atentos sempre levam em conta todos os possíveis encargos na hora de planejar suas estratégias. Afinal, uma boa gestão tributária pode ser a diferença entre o sucesso e o fracasso financeiro. 

Tributação em contratos futuros

Existem duas alíquotas para cobrança de imposto de renda (IR) para operações no mercado futuro: 

  • 15% sobre os ganhos de swing trade (operações com prazo superior a um dia); e 
  • 20% sobre os ganhos de day trade (operações realizadas e desfeitas no mesmo dia). 

No caso do swing trade, calcula-se o IR com base na soma dos ajustes diários entre a data de abertura e fechamento da posição. 

Ele não é apurado mensalmente, mas sim levando-se em conta a vigência da operação. O IR, tanto nas operações de day trade como swing trade, pode, ser pago até o último dia útil do mês subsequente ao encerramento da posição. 

Há também o Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF), à alíquota de 0,005% para swing trade. Essa alíquota é aplicada sobre a soma dos ajustes diários no dia do encerramento. 

No day trade, a alíquota aplicada será de 1% sobre o resultado positivo apurado. Esse recolhimento, de responsabilidade da corretora, deverá ser feito até o terceiro dia útil da semana subsequente à data de retenção. 

Exemplo

Exemplo: digamos que um investidor opere minicontratos de dólar e realize um day trade entre às 10h e 15hs, com lucro de R$ 1.000,00. Sobre esse lucro a tributação em IR será de R$ 200,00. Contudo, haverá uma pré-tributação de 1% (R$ 10,00), já descontada na fonte. O restante (R$ 190,00) serão recolhidos pelo investidor até o último dia do mês posterior.  

É permitida a compensação das perdas incorridas com os ganhos líquidos auferidos no próprio mês ou nos meses subsequentes. Contudo, as perdas em operações de day trade somente poderão ser compensadas com ganhos em day trade. 

Esperamos que com estas informações você possa navegar no mundo dos contratos futuros e reconhecer o impacto da tributação em seu planejamento. 

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