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Conheça as taxas dos Fundos Imobiliários

Um FII possui três taxas: a taxa de administração que remunera o administrador do fundo; a taxa de gestão que remunera o gestor da carteira, e a taxa de performance que é o bônus pelo trabalho bem feito.

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Os Fundos Imobiliários (FIIs) despontam como uma opção atraente para investidores. De fato, essa modalidade tem conquistado espaço significativo no mercado brasileiro, proporcionando uma alternativa robusta e versátil para diversificação de carteira. Porém, ao entrar nesse universo, é imprescindível entender alguns importantes detalhes que o compõem, principalmente no que tange às taxas incidentes sobre o patrimônio do fundo.

Compreender essas taxas não apenas possibilita uma visão clara do investimento, mas também serve como uma ferramenta crítica para a tomada de decisões informadas. Além disso, auxilia na construção de uma estratégia financeira sólida, que busca rentabilidade alinhada ao seu perfil de investidor.

Neste contexto, este guia surge como um farol no oceano de possibilidades dos FIIs. Ao prosseguir, você encontrará informações precisas e detalhadas sobre cada taxa que incide sobre os fundos imobiliários. Da taxa de administração à de performance, desvendaremos cada aspecto para que você navegue com segurança neste mar de oportunidades.

Ao longo deste artigo você estudará os seguintes tópicos:

  • Entendendo os Fundos Imobiliários
  • Estrutura de Taxas dos FIIs
  • Impacto das Taxas no Rendimento

Entendendo os Fundos Imobiliários

Casa de luxo, representando o que são os fundos imobiliáriosAntes de mais nada, é vital que os investidores compreendam claramente o que são os Fundos Imobiliários. Eles consistem em uma congregação de recursos destinados à aplicação em ativos imobiliários. Além disso, caracterizam-se pela possibilidade de adquirir cotas, que representam uma fração do patrimônio do fundo.

Além disso, esses fundos apresentam uma estrutura complexa e regulada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Neste cenário, os FIIs surgem como uma alternativa interessante para quem busca diversificar a carteira sem adquirir diretamente um imóvel. Por conseguinte, proporcionam uma entrada mais acessível ao mercado imobiliário.

Os gestores desses fundos gerenciam os ativos, visando proporcionar uma boa rentabilidade aos cotistas. Portanto, é fundamental que se entenda a dinâmica de funcionamento dos FIIs, os tipos disponíveis e como eles podem agregar valor ao seu portfólio de investimentos.

Além disso, vale ressaltar que os FIIs são negociados em bolsa, o que facilita a liquidez e permite que os investidores acompanhem de perto a valorização das suas cotas. Como consequência, tem-se um controle maior sobre os seus investimentos, permitindo ajustes estratégicos conforme as flutuações do mercado.

Estrutura de Taxas dos FIIs

Todos os cotistas de fundos de investimento imobiliário devem arcar com algumas taxas na forma de despesas. Elas servem para cobrir a manutenção da operacionalidade do fundo, ou mesmo no que se refere à sua gestão e performance. No caso dos FIIs, as três principais taxas são de administração, de gestão e de performance. Veremos detalhadamente cada uma delas.

Taxa de administração

Para criar um FII, precisamos contar com um administrador, que é geralmente uma instituição financeira que possui autorização. Esse administrador é responsável por cuidar de vários aspectos importantes do fundo. Ele garante que tudo funcione bem e se mantenha em bom estado, compartilha informações necessárias, distribui os lucros e planeja reuniões para os investidores, também conhecidos como cotistas.

Além disso, por toda essa ajuda, o administrador recebe uma taxa. O cálculo da taxa pode variar, mas geralmente é um percentual do valor total do fundo. Todos os dias úteis eles separam uma quantia que representa essa taxa e fazem a cobrança mensalmente.

É interessante notar que a taxa de administração geralmente fica entre 1 e 2% por ano. Então, os investidores pagam essa taxa aos poucos, até o quinto dia útil do mês seguinte à prestação do serviço. Isso assegura que o administrador tenha os recursos necessários para continuar fazendo um bom trabalho e ajudando o FII a prosperar.

Taxa de gestão

Para que um FII funcione bem, há o trabalho de especialistas certificados. Eles são os magos que escolhem cuidadosamente quais ativos vão compor o nosso “cofrinho” de investimentos. É o gestor quem toma as decisões de o que adquirir e o que desfazer, sempre de olho no movimento do mercado e seguindo as regras estabelecidas para o fundo.

Na maioria das vezes, a própria empresa que administra o FII toma conta dessa parte também. Mas saibam que a CVM, uma organização que ajuda a organizar essas coisas, permite que outras pessoas ou empresas, desde que devidamente registradas, possam cuidar dessa parte, respeitando as regras básicas estabelecidas.

E você deve estar se perguntando sobre o pagamento desses profissionais, não é mesmo? Pois bem, eles calculam uma taxa de gestão de forma semelhante à taxa de administração, e geralmente essa taxa não ultrapassa 1% ao ano, o que representa um valor justo pelo esforço e dedicação deles!

Taxa de performance

Uma “taxa de vitória” é aplicada quando o FII vai além de uma meta específica, que chamamos de benchmark. Essa meta pode ser baseada em vários índices, como o IFIX, que é um termômetro do desempenho dos FIIs, o IPCA, que é um medidor da inflação, ou a taxa DI, que é uma taxa de juros bem conhecida.

O regulamento do fundo determina uma porcentagem que devemos dar aos gestores se o FII bater o recorde estabelecido. É bem comum que eles recebam 20% do que foi ganho além da meta inicial, como uma forma de parabenizá-los pelo trabalho bem feito.

Impacto das Taxas no Rendimento

Rendimentos de um fundo imobiliárioNa jornada do investimento em Fundos Imobiliários, entender as taxas incidentes é crucial. A princípio, é imperativo saber que as taxas podem, de fato, impactar significativamente os rendimentos dos investidores. Dentre elas, destacam-se a taxa de administração e performance, as quais influenciam diretamente a rentabilidade dos FIIs.

Além disso, a taxa de administração é recorrente e incide sobre o patrimônio líquido do fundo. Por isso, é vital que o investidor a considere na hora de calcular a rentabilidade real do seu investimento. Por outro lado, a taxa de performance só é cobrada caso o fundo supere um benchmark pré-determinado. Isso representa uma espécie de “prêmio” para o gestor que logrou sucesso em sua gestão.

Paralelamente, os custos de corretagem e emolumentos também devem ser observados. Estes, embora variem de corretora para corretora, podem consumir uma parte significativa dos lucros se não forem geridos com cuidado. Portanto, antes de investir, é prudente que se faça uma análise criteriosa de todos os custos envolvidos.

Ainda, o impacto das taxas no rendimento dos FIIs não pode ser ignorado. Uma gestão atenta a esses detalhes pode fazer a diferença entre um investimento rentável e um que apenas consome seus recursos. Assim, é recomendável que os investidores mantenham um olhar crítico sobre as taxas e busquem sempre otimizar sua estratégia de investimento.

Por fim, é essencial que os investidores estejam cientes de que as taxas também garantem a manutenção e a qualidade da gestão do fundo. Sendo assim, é possível equilibrar uma busca por menores taxas com a seleção de fundos geridos de maneira competente e estratégica.

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